Os Pensamentos Infernais de Carry Mansxxx Lux Burnns

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Sonhos de Dezembro

Sonhos de Dezembro

 

Quando o mês de novembro, chegou ao fim, 

eu temia que coisas horríveis pudessem ocorrer,

e se a metafísica estiver certa, nada vai bem na 

base, que sustenta este mundo.

 

Era o começo de dezembro, estava preocupada

com os tempos, que viriam, pois havia sonhado com

um calendário vermelho, que se passava pelos dias

26,27,28, e em seguida o mundo estava coberto

pela escuridão.

Acredito que por isso, tenha tido o segundo

sonho.Era de noite , a ordem do tempo parecia ser

a mesma, mas algo havia mudado. Uma pessoa, que

morava perto da minha casa, tinha tornado-se muito

violenta, após sofrer uma convulsão, e seus olhos

ficarem brancos, como pérolas radiantes.

Ela estava matando muitos inocentes, e por 

causa de suas órbitas oculares, acreditavam que

tratava-se de um demônio, mas eu não. Sabia que

era outro tipo de entidade, e por isso ia para a

batalha, e lutava contra essa "possuída".

"Não vou deixar, ninguém manchar o nome da

minha família!" Eu gritava, enquanto ia para cima

da criatura. Ela se movia para trás, e me atirava

contra o asfalto, eu caia, mas não morria.

As nuvens clareavam-se, e no meio delas surgia

um homem, de longos e lisos cabelos negros, olhos

verdes, e pele clara, traços élficos,que estava coberto

por uma veste egípicia, e descia até mim, usando o

seu corpo como escudo, para me proteger.

Uma luz se expandia, e então eu estava em seus

braços, e ele me dizia que me queria para si. Não me

lembro do resto, apenas adormeci ali, e perdi a

minha consciência, mas não acabou.

O céu ficou vermelho como rubi, as ruas estavam

cobertas de névoa densa, e eu e minha mãe estávamos

em um carro velho, em alta velocidade a noite. Se nós

fugiamos de algo, eu não sei, mas um fragmento de

cristal rubro, flutuou a nossa frente, e tornou-se

uma massa negra, que nos engoliu.

Era de dia agora...Eu estava em casa, falando com

o meu pai, me recusava a escrever poemas, pois no dia

anterior, havia recitado todo o ocorrido. "O Sol não mais

brilhará, e as nuvens ficarão vermelhas como sangue"

Foi a última coisa que ouvi, antes de acordar.

No dia seguinte...Tive um novo sonho, a cidade estava

sendo destruída por lobos cinzas, e isto saia nos jornais.

No momento em que ocorria, o dia estava nublado, e

eu caminhava ao lado de um amigo, próxima

as telas de tv.

" Isso é sério?" Eu perguntava ao menino. "Está

passando no jornal" Ele respondia.E agora, eu me via

em um hospital, cuidando de uma criança, enquanto

ficava na fila, pois estava a espera de cuidados,

já que lá estava lotado, e em ruínas.

Não me lembro quanto tempo levou até o próximo

sonho, mas sei que é válido contar. Neste estava em um

evento de games, jogando Banjo Kazooie, e sem querer

encontrava um easter eggy bizarro, onde o dia não

vinha, e por trás da neve que caia, haviam

seres encapuzados.

Fiquei fascinada com a descoberta, e fui atrás

do meu atual marido, para lhe contar.Ao passar pelo

prédio, todo branco, cujas as portas, janelas, e o chão

eram vermelhos, me deparei com uma porta, que 

continha um cartaz mal escrito, e de uma

caligrafia grotesca.

"NÃO ENTRE AQUI, POIS SE O FIZER, VIVERÁ UMA

AVENTURA, EM MUNDO QUE O TEMPO NÃO EXISTE"

Dizia o aviso.Cheguei a empurrar a porta, para saber

o que havia ali, mas só vi uma escadaria em forma

de caracol, que descia até o próximo piso, e 

por isso não me interessei.

Mas uma dupla de jovens, decidiu ir, e após

alcançarem o último degrau, viveram aventuras,que

nos fazem lembrar do caminho de Alice, para o País

das Maravilhas, com a diferença de que se passava

numa caverna, dentro do mar banhado pela

luz de Lua.

O tempo realmente não existia ali, e após sairem

de uma ilha, Mia e o amigo, chegaram ao cenário do

Easter eggy, que eu abri, e lá encontraram criaturas

horrendas, que devoravam pessoas.

Mas os mundos pareciam interligados, e por isso

mesmo na outra dimensão, eles podiam ligar para 

quem estava no mundo físico.Assustados, eles

tentavam contactar seus amados, e lhes

pediam ajuda, através de um telefone

antigo.

Eles conseguiam sair ilesos daquele lugar, mas 

estavam traumatizados, e por isso repetiam sobre 

horrores que tinham visto. " Eles não podem vim

a este mundo, pois só existem naquele outro, e

isso me acalma" Dizia Mia, caminhando para

o cás, junto dos seus amigos.

João o seu noivo, discordava daquilo e dizia

" Você diz que eles só podem existir lá, mas e se

não for verdade?" Eu os seguia, e concordava

com o rapaz.

Agora eu saia de dentro de uma escola, e tudo estava

coberto pelas trevas da noite, do lado de fora.Os arbustos

balançavam, e de dentro deles, saiam seres encapuzados,

que ao expor seus rostos a luz, podiam ser definidos

como os mesmos, que assustaram a dupla

de aventureiros.

João estava certo, e os mortos-vivos tentavam me

atacar, eu sentia medo, e por isso saia correndo, mas um

deles me agarrava no ar, e me encarava.Eu não era boa

para lutar, e por isso acreditava que ia morrer, mas

para a minha sorte, ele era atingido por

uma flecha.

Um grupo de justiçeiros mascarados vinha, e me

salvava, passavam a noite lutando, mas quando o dia

chegava, não adormeciam, pois haviam humanos de

ternos brancos, que estavam apoiando os seres

da realidade paralela.

Lutávamos contra eles, e sem querer eu quebrava

os ossos de um dos chefes, que me capiturava, mas ele

ficava orgulhoso, e eu corria. Cansada de me sentir, 

uma inútil, tomava a consciência do meu corpo

projetado, e as brisas do vento tornavam-se

rajadas, foi quando acordei.