26/04/2014
Nem mil venenos
Nem bilhões de cortes
Nem trilhões de acidentes
serão capazes de destruir
essa casca apodrecida
que já não suporto.
Só vejo as sombras
está cada vez mais escuro
a solidão me sufoca
o silêncio me enlouquece
Não consigo mais
aguentar esta angustia
Nem mil venenos
Nem bilhões de cortes
Nem trilhões de acidentes
serão capazes de destruir
esta condição a que
estou sujeita.
A morte está batendo
ela está me esperando
parada na porta da frente
com a sua foice pronta
para me levar.
Estendendo sua mão
me convida ao seu encontro
desesperada pela libertação
sinto que devo ir.
Seu toque é tão frio
maciços dedos de ossos
tocam o meu rosto
Em suas órbitas vazias
vejo a compaixão e piedade
ela ergue a sua arma afiada
estou pronta para o ultimo
golpe.
Um suspiro me basta
o tão sonhado fim chegou
ouço o ruído da lâmina
vindo em minha direção
Mas quando abro os olhos
a luz do sol ilumina minha face
não estou no vale dos perdidos
estou na frente da minha casa
com o simbolo do infinito
em meu pulso.
Morte maldita!Morte cruel!
Transformou-me em imortal
jamais alcançarei a paz
nunca atravessarei a ponte
não encontrarei o refúgio
estou presa á este
mundo.
Nem mil venenos
Nem bilhões de cortes
Nem trilhões de acidentes
serão capazes de destruir
essa casca apodrecida
que já não suporto.
Nem mil venenos
Nem bilhões de cortes
Nem trilhões de acidentes
serão capazes de destruir
esta condição a que
estou sujeita.